Mais um
dos grandes mestres do cinema morreu, o diretor de fotografia e cineasta Gordon
Willis, se destacou por ser um dos maiores responsáveis pelo estilo de luz e
sombra nos anos 1970.
Gordon foi
responsável pela cinematografia e iluminação de clássicos, como a trilogia do
Poderoso Chefão e diversos filmes de Woody Allen. Mas seu maior legado é mostrar que fotografia
e iluminação fazem a diferença. Seu jogo com luz e sombra lhe renderam o
apelido “Prince das trevas”.
Admirado
em toda a indústria do cinema, o diretor Francis Ford Coppola o elevou a o
nível de gênio: “Ele possui um senso natural de estrutura e beleza”, afirmou o
diretor a revista Variety em 1997. Este senso ou instinto pode ser visto em
diversos momentos dos filmes dos quais participou.
Mesmo não
sendo o assunto mais popular quando se trata de cinema, (afinal poucos ficam
acordados durante toda a cerimônia dos Oscars para ver o vencedor de melhor
fotografia), Gordon não ligava para isso, ele entendia que usar a luz é algo
que pode mudar todo o sentindo de uma cena, como ele mesmo explicava quando questionado
sobre passagens polêmicas em seus filmes, como apagar os olhos de Marlon Brando
no primeiro Poderoso Chefão: “Houve um momento que não queríamos que o público
visse o que acontecia, a corrupção da família e aí, subitamente, você permite
que eles olhem na alma dele (Brandon) por um momento”.
Outro
grande exemplo foi seu trabalho em “Manhattan” de Woody Allen, o filme em preto
e branco não teria sido o mesmo sem a contribuição do diretor: “Todas essas
localizações e todas as músicas não teriam tanto impacto se não fosse pelo
efeito preto e branco e planos abertos de Willis”, explicou o crítico Roger
Ebert.
No ano
passado Gordon dividiu dicas valiosas do seu uso de luz e sombra com o canal do
youtube Craft Truck a entrevista resume cinco grandes diretrizes que o artista usava
e vale muito a pena dar uma olhada. O Sr. Willis se foi aos 82 anos, com um
Oscar pelo conjunto da obra (2010) mas deixou um legado que todo o bom artistas
deve conhecer.
Veja uma
parte do documentário Craft Truck sobre o trabalho de Willis.
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